sábado, 12 de janeiro de 2008

proteção de fumaça

Buscava proteção no vazio. Sabia disso toda vez que acendia o cigarro; mas era só a fumaça descer quente pela garganta que mandava qualquer sentimento esquisito para a pqp. Era bom reduzir-se a um merda miserável que fumava uma droga industrializada e cancerígena. "Dane-se", pensava, e aquela rebeldia era na verdade seu grande alento. "Dane-se!" Santo cigarro! Tinha o poder de conectá-lo com essa grandeza universal de não ser melhor nem pior que ninguém.

3 comentários:

Palatus disse...

Oi Mulher, que saudade do teu blog...há tempo não vinha aqui, aliás, há tempo não tenho ido a excelentes blogs que conheço nesse mundo virtual (incluindo o seu). Obrigado por passar lá e deixado seu recado de apoio à causa, aquele texto é muito grande, mas como digo no rodapé, fui escrito por uma aluno muito esforçada...queria até dá um jeito para publicá-lo em um jornal baiano, mas como é tão grande, creio que será dificil fazê-lo.
Um beijão para tu, viu?

Simone Iwasso disse...

conheço essa sensação, mulher. alguma coisa muito familiar...

um beijo,
feliz 2008!

katherine funke disse...

caro homem de palavras e co-lírius, não nos conhecemos, mas agradeço bastante tua visita e o beijão. valeu.