domingo, 13 de julho de 2008

a natureza do domingo

Eu vi o Rio da Prata com brilhos dourados do sal sobre o espelho d'água a refletir nuvens, na velha e gelada Buenos Aires. Assisti ao longa-metragem dos pingos da chuva caindo em câmera lenta, revelados pelas lâmpadas das asas do avião. Ouvi o vento balançar as árvores; pássaros invisíveis entrecortavam os silvos com melodias alegres e dissonantes. Despertei quando a borboleta branca anunciou a aurora, às quatro e meia, e me deitarei quando o luar decrescente estiver diante da janela do quarto e disser boa noite, às onze. E agora todas essas cenas me compõem e me inspiram, só porque é domingo.

Um comentário:

anjobaldio disse...

Domingos são estranhos!