domingo, 30 de novembro de 2008

tonta de fastio

"Emancipate yourself from mental slavery" 
(Bob Marley)

O quarto fechado, escuro e sem ar, era como a cabeça da mulher que ali vivia. Ela sempre dizia estar "cheia de fastio". Melhor seria falar "vazia de fastio", apressei-me em julgar, quando a conheci. Depois, entendi melhor, acho: assim como aquele ambiente em que a falta de ar era compensada pelo excesso de angústia, aquele cansaço extremo também trazia consigo toneladas de pensamentos, sentimentos e memórias. Tantos, tantos, tantos, que nem dava vontade de ter outro dia inteiro para remoê-los todos de novo...

Um comentário:

anjobaldio disse...

Ôi Katherine, tem um vídeo-poema novo lá no anjo baldio. Grande abraço.