Enterrou a própria alma no último domingo. Foi ao velório sozinho, porque ninguém percebeu. Levou flores para si mesmo e chorou como criança. Depois secou as lágrimas e seguiu adiante sua vidinha de sempre. Agora o corpo sem alma perambula mecanicamente por aí como se nada tivesse acontecido: come bebe dorme mija defeca telefona fala escreve paga compra sente frio vai ao banco e até sorri quando diz 'bom dia, como vai' para os colegas da megaorganização supranacional onde trabalha.
5 comentários:
é solidão, morrer e enterra a própria alma.
Às vezes é incompreensível abortar a própria alma.
eu e minha alma vendida dizemos bom dia a torto e direito... condição para viver com o Outro
que legal, uma baiana por aquí ;)
e tu és joranlista... adorei teu blog =*
Adorei tuas notas mínimas, escritos interessantes. Este post aqui com uma atmosfera meio Nelson Rodrigues.
Abs.
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