segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

do sofrimento

O mais provável é que a vida não faça mesmo o menor sentido para essas pessoas desprovidas de valores a seguir, pessoas que acham não ter mais nada de bom para conquistar, a não ser o próprio prazer solitário & besta. Uma vida de orgasmos auto-provocados, frutos de um falso e covarde amor-próprio, na madrugada fria; orgasmos fatalmente impossíveis caso a modelo da revista estivesse na sala em carne e osso e visse o estado nojento (os dentes sujos, o suvaco suado, a barriga imensa, as latas de cerveja misturadas com os restos de comida na pia) do porco pobre que, sem dignidade nem ao menos para comprar a revista nas bancas, baixa suas imagens da internet.

2 comentários:

Rodrigo Lopez-Balthar disse...

Uou. virulenta.

Rubens da Cunha disse...

sabe, no fundo eu gosto dessas personagens tragicômicas. há um lado crítico em mim dizendo que teu texto ganharia mais força se fosse em primeira pessoa. :))

abraços
Rubens