domingo, 27 de abril de 2008

viagens de walter (19)

"Daniela", repetiu a moça, "é o meu nome". Sem pedir licença, sentou-se ao lado de Walter. Ainda abalado pela dor da lembrança - que sempre lhe causava um formigamento na mão direita, especialmente nos dedos, os mesmos que discaram aquela noite para Rita -, Walter assentiu: "pois é". Estava pálido, mas solícito. Walter não transparecia emoções internas para desconhecidos. Aprendera a reprimi-las em seus anos de residência em hospital público.

Um comentário:

R. M. Peteffi disse...

Olá!
Tô gostando bastante da proposta das Viagens. Os textos curtos e agradáveis. Ótimos de ler.
Gostei do mesmo jeito do poema.
Abrass