quinta-feira, 13 de novembro de 2008

do metrô

E todo dia na volta para casa me perguntava tudo o que não poderia responder, só para poder imaginar a boca daquela menina me explicando lentamente que, na verdade, tinha trabalhado tanto nas últimas horas que mal conseguia ir até em casa. Ela me pediria para carregá-la até sua cama. Juro que nos meus sonhos era apenas isso: eu a pegaria no colo, colocaria em um táxi e nós iríamos belos e arejados para casa (por sobre o asfalto, e não por baixo dele, isto é, nós seríamos gente de novo, e não minhocas esquecidas nesse negreiro subterrâneo).

Nenhum comentário: