O pôr-do-sol por entre as pedras, o corpo dentro d'água do rio. Na cabeça, nem certezas nem verdades. Mergulhava para esquecer qualquer traço de pensamento e depois, de olho no poente, forçava as pupilas para deixar a luz entrar lá no fundo e esvaziar as idéias. Quem o visse, aquela tarde, não saberia dizer quem ele era - não tinha passado, não tinha futuro. Enquanto ia embora para casa, o menino percebeu que só possuía a pequena porção de terra que cabia embaixo dos seus pés. E que, para alcançar outras posses, teria de mover-se, perdendo assim o terreno anterior. Isso era viver. Uma seqüência de ganhar e perder, lembrar e esquecer, mergulhar e emergir para nunca mais voltar ao mesmo ponto.
4 comentários:
Kathizinha...
È um prazer estar lendo seus pensamentos...
Tô de blog e acabo de terminar (ainda na impressão) um pequeno livro em dois volumes de fotopoemas. Queria muito te contar e saber sua opinião
www.chris-mayer.blogspot.com
Beijos
Chris
não devia mais, mas ainda me surpreendo com seu jeito de dizer o que todo mundo devia. que bom que vc está aqui pra nos contar.
Concordo com Bernardo: muito lindo o seu texto!
Que massa! É a vida, e é bonita...viveeeeeeeeeeeeeeeeerrrr. Parabéns pelo texto!
Nilson
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