quarta-feira, 15 de agosto de 2007

no palco

Ele era o sol da banda. Resplandecia. O chorinho tirado do bandolim, do violão, do sax, nada seria não fosse aquele percussionista. A cabeça ia para um lado e outro. O corpo requebrava para cá, requebrava para lá, dirigindo os breques e dando sentido às pausas. Ele acompanhava a banda com o ritmo e o sorriso doce da linha de expressão entre os olhos fechados. Nas mãos, carinhoso e afável, levitava o pandeiro criador de vibrações sutis. Ele era o sol da banda e eu, o reflexo enluarado, entre todas as estrelas anônimas da platéia.

2 comentários:

Vivz disse...

"Ele era o sol da banda e eu, o reflexo enluarado, entre todas as estrelas anônimas da platéia".

Amei.

Rynaldo Papoy disse...

Oi, obigado por comentar no nosso blog.