Li todo o jornal de domingo - e ainda é sábado, até meia-noite. Que outras notícias só cheguem segunda-feira. Vivo profissionalmente de fatos. E, neste momento - deus me perdoe - estou farta deles.
Quero o não-agir. O não-dizer. O não-formatar.
Desejo apenas sentir o expontâneo, o susto e o contraditório do que surge sem moldes -na vaidade do cara que conta sua noitada para todos no ponto de ônibus, na garganta do vendedor que dá o troco cantando Ben Harper e Vanessa da Matta em falsete, nas mãos da mãe do vizinho limpando a mesa do jantar, na guria moleca que disse que meu tênis rosa é massa.
Eu quero a simplicidade da pipoca estourando na panela enquanto descubro os caminhos das linhas da fumaça do cigarro da atriz do filme.
Filha
Há 11 meses
2 comentários:
E você tem todo direito de desejar apenas isso. Bom descanso!
Beijos,
Renata
Katherine, seus comentários - lá no aeronauta - me inspiraram um outro texto. Obrigada.
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