sábado, 15 de dezembro de 2007

pausa

Li todo o jornal de domingo - e ainda é sábado, até meia-noite. Que outras notícias só cheguem segunda-feira. Vivo profissionalmente de fatos. E, neste momento - deus me perdoe - estou farta deles.

Quero o não-agir. O não-dizer. O não-formatar.

Desejo apenas sentir o expontâneo, o susto e o contraditório do que surge sem moldes -na vaidade do cara que conta sua noitada para todos no ponto de ônibus, na garganta do vendedor que dá o troco cantando Ben Harper e Vanessa da Matta em falsete, nas mãos da mãe do vizinho limpando a mesa do jantar, na guria moleca que disse que meu tênis rosa é massa.

Eu quero a simplicidade da pipoca estourando na panela enquanto descubro os caminhos das linhas da fumaça do cigarro da atriz do filme.

2 comentários:

Senhorita B. disse...

E você tem todo direito de desejar apenas isso. Bom descanso!
Beijos,
Renata

aeronauta disse...

Katherine, seus comentários - lá no aeronauta - me inspiraram um outro texto. Obrigada.